As opiniões do Papa Bento XVI que mais marcaram o seu primeiro ano de pontificado.

Um ano após eleição

“Como passa o tempo: já transcorreu um ano desde que, de maneira absolutamente inesperada, os cardeais reunidos em conclave quiseram eleger a mim, pobre pessoa, para suceder o tão chorado e amado papa João Paulo II”, hoje, terça-feira, na Cidade do Vaticano.

Primeira declaração como Papa

“Depois do grande Papa João Paulo II, os senhores cardeais elegeram a mim, um simples, humilde trabalhador na vinha do Senhor”.

Contra a homossexualidade

A Igreja “não poderá admitir no seminário e nas ordens sagradas aqueles que praticam a homossexualidade, apresentam tendências homossexuais enraizadas ou apoiam o que se chama a cultura gay”, lê-se num documento aprovado pelo Papa em 31 de Agosto de 2005.

Sobre o papel das mulheres na Igreja

“O ministério sacerdotal do Senhor é, como sabemos, reservado aos homens”. “Todavia é justo perguntar-se se, no serviço ministerial, apesar do facto de o Sacramento e o carisma serem o único binário em que se realiza a Igreja, não se poderá oferecer mais espaço, mais posições de responsabilidade às mulheres”.

Contra o Aborto

“É necessário ajudar todas as pessoas a tomar consciência do mal intrínseco do crime do aborto que, ao atentar contra a vida humana no seu início, é também uma agressão contra a própria sociedade. Por isso, os políticos e legisladores, enquanto servidores do bem social, têm o dever de defender o direito fundamental à vida, fruto do amor de Deus”

Casamento

“O casamento entre um homem e uma mulher é como um transplante espiritual, semelhante ao corpo físico que tem necessidade de […] seguir adiante e gerar futuro.”

“É necessário continuar, sem pausa, o esforço empreendido por vocês para tornar mais aceite, principalmente entre os jovens, o facto de que, para os cristãos, o casamento é um caminho para a santidade”

Sobre João Paulo II

“Também nós queremos recordar nele um grande chefe, que anunciou a Palavra de Deus, e queremos empenhar-nos para imitar a sua fé”

Os jovens e a Igreja

“Sem querer condenar ninguém, é evidente que a ignorância religiosa é enorme; basta falar com as novas gerações. No pós-Concílio, evidentemente, não se conseguiu transmitir os conteúdos da fé cristã”

Catolicismo e ciência

“Na realidade, os grandes progressos do saber científico ajudaram a compreender melhor o mistério da criação, marcando profundamente a consciência de todos os povos. Todavia, os progressos da ciência foram, às vezes, tão rápidos, que as verdades reveladas por Deus sobre o homem e sobre o mundo pareciam incompatíveis. Isso provocou certa confusão nos fiéis e constituiu uma dificuldade para a proclamação e a recepção do Evangelho”

Procura da aproximação das religiões cristãs

“Recordam-se as nossas raízes comuns e o preciosíssimo património espiritual que os judeus e os cristãos compartilham uns com os outros. […] Por isso, encorajo um diálogo sincero e confiante entre os judeus e os cristãos”, discurso do Papa na sinagoga de Colónia, sua cidade natal.

Vocação

“A desumanidade do nazismo fez-me querer ser padre. A vocação cresceu graças aos amigos e aos sacerdotes mestres”

O consumismo e o Natal

“Na sociedade consumista de hoje, esta época [de Natal] é, infelizmente, sujeita a um tipo de poluição comercial que ameaça alterar seu verdadeiro espírito, caracterizado pela meditação, pela sobriedade e por uma alegria que não é externa, mas íntima”

Tatiana Palhares