A ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima, esteve esta manhã em Gaia, onde visitou edifícios patrimoniais da cidade e deu o aval à candidatura a Património da Humanidade das Caves do Vinho do Porto.

O presidente da Câmara Municipal de Gaia, Luís Filipe Menezes, adiantou 2007 como a data provável da apresentação do projecto à UNESCO. O autarca garante que a iniciativa “fatalmente terá sucesso”, mas salvaguardou que “o projecto não é uma corrida, por isso não há pressas”.

Falando aos jornalistas no final da manhã de hoje, quarta-feira, no Convento de Corpus Christi, em Gaia, a ministra da Cultura assumiu ver “com muito bons olhos” a candidatura das Caves do Vinho do Porto. Isabel Pires de Lima vê no projecto a oportunidade de “solidificar a intervenção no sentido de valorizar o Vale do Douro”.

Em 2001, a UNESCO classificou como Património Mundial as encostas do Alto Douro Vinhateiro depois de, em 1996, ter distinguido do mesmo modo o centro histórico do Porto. Isabel Pires de Lima acredita que, com a classificação das caves, ficará completo “um triângulo constituído por estas zonas”.

A ministra da Cultura assegurou ainda que “as Caves [do vinho do Porto] têm todas as condições para ter êxito na candidatura” e garantiu o “apoio diplomático” do Ministério da Cultura.

Ministra aprova intervenção patrimonial em Gaia

Nesta deslocação a Vila Nova de Gaia, a ministra da Cultura visitou o Convento de Corpus Christi, o Mosteiro da Serra do Pilar e a Casa Barbot, edifícios que estão a ser alvo de obras de recuperação e reconversão.

Quanto à Casa Barbot, edifício Arte Nova em pleno centro da cidade, Pires de Lima considera “bom” o projecto da Câmara de Gaia no sentido utilizar o espaço para a vereação da Cultura.

A reutilização do Convento da Serra do Pilar para exibição museológica e exposições temporárias é vista pela ministra como um projecto “interessante e viável, com bastante imediatismo”. O Mosteiro é tutelado em conjunto pelos ministérios da Defesa e da Cultura, bem como pela autarquia gaiense, e está a ser preparado um protocolo entre as três instituições para revitalizar o espaço.

Por último, referindo-se à “questão mais complexa” do Convento de Corpus Christi, Isabel Pires de Lima adiantou que “a intervenção tem de ser projectada num âmbito mais amplo” e precedida por “um estudo de fundo”. A ministra considera que o futuro do Convento passa por parcerias público-privadas e não exclui a inclusão do projecto num futuro quadro comunitário de apoio.

Texto e Foto: Andreia C. Faria