Numa altura em que a partilha de ficheiros protegidos por direitos de autor e a perseguição aos “downloads” ilegais estão na ordem do dia, surge um novo movimento que defende a liberalização da troca de conteúdos pela Internet.

Chama-se “Copyriot” e considera que a “criação não se defende impedindo a sua difusão” e que “normas mais rígidas não trarão mais criatividade.” Entre os objectivos do movimento, está o reivindicar da reformulação do estatuto dos direitos de autor (o “copyright”) e promover e alargar o conceito do “copyleft”, que permite que obras (música, vídeo, arte ou “software”) sejam distribuídas, copiadas e modificadas por qualquer pessoa.

Como meio de divulgar o seu manifesto, o movimento organiza a partir de amanhã, sexta-feira, um festival multifacetado, que entre exposições, projecções de filmes, concertos e conferências, pretende que “o direito de autor como direito humano deve ter implícito o equilíbrio entre o direito do autor à sua obra e o direito da sociedade a ter acesso a ela”.

O festival arranca às 16h00 na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, com a projecção do vídeo “Can I get an Amen Break”, de Nate Harrison, seguido de uma tertúlia moderada pelo professor Heitor Alvelos, em que será discutida a polémica do “copyright” na indústria musical.

André Sá
Foto: Copyriot