Os acidentes de carro, moto e os atropelamentos são as principais causas dos traumatismos faciais em crianças e jovens até aos 18 anos, concluiu um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), a partir da análise dos registos do Departamento de Cirurgia Plástica, Reconstrutiva e Estética do Hospital de S. João, entre 1993 e 2002.

Depois dos veículos motorizados, com uma taxa de 55% de incidência, as quedas de grandes altitudes correspondem a cerca de 18% das causas de lesões faciais.

Os locais mais afectados pelos acidentes são as maçãs do rosto, com 52%, e o osso maxilar alveolar, com 31%. 60% das crianças tinham lesões corporais associadas e 19% tinham lesões na face.

O estudo apurou ainda que “a incidência destas lesões aumenta com a idade e é três vezes superior no sexo masculino”. No entanto, tem havido um ligeiro decréscimo deste tipo de traumatismo ao longo dos anos, “que se deve às políticas de incentivo a uma condução mais segura (…), ao uso obrigatório de cintos de segurança, ao controle da alcoolemia e mais recentemente à obrigatoriedade do uso de cadeiras para as crianças”, diz o estudo.

Inês Castanheira
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