Que balanço faz do mandato de Novais Barbosa?

Foi positivo. A universidade evoluiu muito nas suas infra-estruturas, conhecimento externo e administração interna. A partir do que foi feito, pretendemos se possível dar um impulso ainda maior à universidade.

Se for eleito, vai então adoptar uma política de continuidade ou de ruptura?

Nas organizações, as rupturas só se recomendam quando as coisas estão muito mal. Neste caso concreto, elas estão no bom caminho. Não é uma ruptura, mas pretendo dar um passo gigante para a UP se aproximar das suas congéneres internacionais.

Em entrevista ao “Expresso”, Novais Barbosa refere que nem sempre o Governo disponibilizou tudo o que era necessário. Se for eleito como é que vai melhorar estas relações?

Vou procurar fazer uma acção crítica acutilante mas também ser pró-activo, procurar propor alterações legislativas, ser actuante. Temos que diversificar as nossas fontes de financiamento – os orçamentos públicos estão a encolher, por isso, há que encontrar alternativas de financiamento que completem as verbas provenientes dos governos.

Pode concretizar?

Podemos ir buscar muito mais verbas a programas internacionais e nacionais de financiamento. Promover a pesquisa de legados, de doações, promover a intervenção dos antigos alunos em projectos concretos, financiamentos através de patrocínios.

Durante os oito anos de mandato, Novais Barbosa teve uma forma de estar reservada. Com Marques dos Santos podemos esperar um reitor mais interventivo?

Sim. Vou aparecer mais. Novais Barbosa é bastante reservado. Pretendo ter uma presença pública mais activa, junto da comunicação social e das entidades públicas locais e nacionais.

Nesta corrida a reitor não está sozinho. Como vê a candidatura de Ferreira Gomes?

Vejo bem. São duas personalidades com perfis diferentes, a universidade deverá escolher qual o perfil que prefere. Se não for eu, paciência, desejo felicidades, porque só quero o bem da universidade.

A relação com os alunos vai ser mais próxima?

Sim, quer com os actuais, quer com os antigos alunos. Com os actuais, através de audições periódicas com as associações de estudantes para acompanharmos a evolução das coisas, o que é necessário fazer. Os alunos são a parte fundamental da faculdade, é para eles que trabalhamos.

Ana Rita Basto
Foto: JPR