A Quercus – Associação para a Conservação da Natureza pediu hoje, terça-feira, ao Ministério do ambiente que promova um “concurso público” para a resolução do passivo ambiental de Sines. Neste momento estão armazenadas neste pólo industrial cerca de 140 mil toneladas de resíduos perigosos.

Segundo a Quercus, o lançamento de um concurso público permitirá uma “escolha transparente da melhor solução, do ponto de vista económico e ambiental, para o tratamento dos resíduos, que estão sob a responsabilidade do Ministério do Ambiente”.

Ao JPN, Rui Berkmeier, da associação ambientalista, disse esperar que “a Administração Pública e o Estado em geral cumpram as regras, e usem, com transparência, o dinheiro público porque, neste caso, quem vai pagar o tratamento dos resíduos são os portugueses, portanto as soluções que forem escolhidas terão de ser as melhores”.

Para a Quercus a melhor solução para o tratamento do passivo residual do pólo industrial de Sines passa por descontaminar os sedimentos por processos físicos ou biológicos, enquanto os hidrocarbonetos poderiam ser utilizados como combustível, dentro das especificações previstas pela legislação.

Outro ponto importante para a Associação para a Conservação da Natureza é o problema da água armazenada em Sines. A Quercus defende que a água seja reenviada para a Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Santo André, já que existe uma conduta que liga esta ETAR às lagoas onde os resíduos estão depositados.

“Para além da co-incineração, existem outras soluções, como, por exemplo, a possibilidade de tratamento local, quer através de processos biológicos quer físicos, inclusive da própria água que está em Sines”, defendeu o membro da associação ambientalista.

Paula Teixeira