A Amnistia Internacional (AI) Portugal comemora hoje, quinta-feira, o seu 25º aniversário.

O presidente da secção portuguesa, Simões Monteiro, faz o balanço destes 25 anos destacando as áreas em que a acção da AI é mais relevante. Um dos campos de actuação mais forte da organização é nas acções de lóbi junto das entidades nacionais no sentido de denunciar casos de violações dos direitos humanos. O objectivo é fazer com que Portugal ratifique documentos internacionais ou pressione outros países a fazê-lo.

Outra das áreas de destaque da AI são as campanhas. Neste momento, a Amnistia dá relevância à campanha pelo controlo de armas e pelo fim da violência sobre as mulheres. Quanto à campanha das armas, Simões Monteiro referiu que o principal objectivo é aprovar na Assembleia Geral das Nações Unidas um tratado internacional sobre o comércio de armas. Actualmente morre uma pessoa por minuto em todo o mundo devido ao acesso fácil a armamento.

A campanha da violência sobre as mulheres teve início em 2004 e vai estender-se até 2010. “É uma grande campanha a nível mundial em que participam 1,5 milhão de membros da AI. Em Portugal, irá focar a sua atenção sobre a problemática da violência doméstica”, afirma o presidente da secção portuguesa. A AI Portugal prepara um relatório sobre o assunto para divulgar em Outubro.

Segundo Simões Monteiro, o trabalho da organização teve, desde sempre, uma boa aceitação por parte da sociedade portuguesa, tanto da população como das entidades, que apoiam as causas abraçadas pela AI.

O aniversário da Amnistia Portuguesa vai ser assinalado no Mercado da Ribeira, em Lisboa, num encontro com activistas e apoiantes. A Festa dos Direitos Humanos faz uma retrospectiva dos 25 anos da organização no nosso país e promove as causas actuais da AI.

Sónia Santos