Em protesto contra as políticas do ministério do Ensino Superior, os dirigentes das associações de estudantes federados na Federação Académica do Porto (FAP) afixaram, ao início da tarde de hoje, terça-feira, quatro faixas com frases de protesto que ocupavam 80 metros da ponte da Arrábida. A ideia foi “endurecer” posições, declarou o presidente da FAP, Pedro Barrias (na foto), na conferência de imprensa que precedeu a acção de protesto.

“Apesar de ter havido alguma receptividade do Governo, têm existido algumas expectativas por parte dos estudantes do Porto que não têm sido consideradas”, declarou o dirigente estudantil.

As reivindicações dos estudantes passam pela alteração da lei do financiamento do ensino superior, pela efectiva avaliação pedagógica dos docentes e pelo fim da discriminação entre ensino superior universitário e politécnico.

Estas acções de reivindicação dos estudantes da FAP surgem dias antes da reunião entre os representantes da federação académica e o secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, agendada para esta quinta-feira. Pedro Barrias justifica a opção dos estudantes pelo protesto dizendo que a “discussão nos gabinetes e acção de reivindicação não são incompativeis”.

Durante a conferência de imprensa, foi também apresentado o abaixo-assinado de duas mil assinaturas que a FAP realizou junto dos estudantes no período de pré-venda de bilhetes da Queima das Fitas e que será entregue aos líderes parlamentares da Assembleia da República. Interrogado sobre se o número de assinaturas recolhidas seria significativo no universo estudantil do Porto, Pedro Barrias considerou que essa era uma questão “relativa”.

Texto e foto: Andreia C. Faria