Exposições, roteiros turísticos, actividades infantis, actuações de rua e visitas a museus. A zona turística e comercial do Porto abre as portas a quem se queira associar ao “Festa na Baixa”. Trata-se de uma iniciativa do Centro Nacional de Cultura em parceria com a Câmara Municipal e com a Associação de Comerciantes do Porto.

O “Festa na Baixa” começou hoje, quarta-feira, e vai agitar a rotina da cidade de dia 24 a 27 de Maio. “Começamos de manhã e já temos tido adesão de várias pessoas. Queremos que as pessoas venham para a baixa e participem em coisas que já existem mas que muitas vezes são desconhecidas do público”, explicou ao JPN Teresa Ferreira Gomes, do Centro Nacional de Cultura.

Outros dos objectivos deste programa cultural é contribuir todos tenham “acesso à cultura” e dinamizar a zona comercial portuense chamando as pessoas às ruas e às praças e convidando-as a acompanhar os seus passeios e compras com arte.

Teresa Ferreira Gomes está satisfeita com a adesão do primeiro dia e tem confiança no sucesso desta iniciativa. O “Festa na Baixa” está pela primeira vez na cidade do Porto mas já vai na oitava edição em Lisboa. “Pela experiência que temos em Lisboa, penso que se justifica que estes eventos continuem ao longo dos anos. Já fizemos o ‘Festa na Baixa’ no Chiado e tem corrido tudo muito bem, porque os comerciantes estão de mãos dadas com a cultura e a cultura com os comerciantes e com as pessoas”, disse a organizadora.

Música na praça

Hoje a praça da Batalha encheu-se de música e atraiu turistas e curiosos. O Quarteto de Saxofones do Porto tocou ao ar livre num dia de sol e de muita agitação na baixa.

Quarteto de Saxofones do PortoPara Francisco Ferreira, membro do grupo, “estas iniciativas são muito interessantes. Muitas vezes servem para captação de públicos pois há pessoas que não têm o hábito de ir a concertos e estas iniciativas de rua servem para dar a conhecer a música clássica ou mesmo música estrangeira”.

Apesar dos contratempos o músico está satisfeito com a adesão do público. “Tocar ao ar livre é mais complicado – temos o ruído de fundo, as vozes inesperadas e até o vento prega algumas partidas. Mas tudo faz parte da profissão e a música de rua é muito dignificante”, comentou Francisco Ferreira.

Até sábado, dia 27 de Maio, o Porto e a baixa estão em festa e convidam portuenses e turistas a aderirem a iniciativas que tentam levar até às pessoas música, literatura e todas as formas de arte.

Texto e fotos: André Sá
Paula Teixeira