Já se encontra no País Basco o primeiro português inserido no projecto Techlink, que visa, no âmbito do programa INTERREG III, permitir uma maior interacção entre os territórios europeus, de modo a fomentar um ritmo de competitividade crescente através da aposta na inovação empresarial.

Chama-se Alexandre Pinto Basto e encontra-se no País Basco para tentar perceber como funcionam as empresas da região em termos de gestão da inovação na indústria e para avaliar as competências para o desenvolvimento profissional.

Bacharel em engenharia mecânica pela Universidade de Kingston, Londres, Alexandre Pinto Basto, contactado pelo JPN, disse que está no País Basco “para basicamente tentar avaliar o modelo de inovação destas pessoas.”

O agente de inovação português encontra-se a estagiar numa fundação que fornece serviços e produtos para algumas empresas, nomeadamente na formação de inovação.

“Estou no País Basco para tentar encorajar a cooperação entre esta região e o Norte de Portugal. Em termos práticos, o meu trabalho consiste em estudar os modelos de inovação deles, de gestão e financiamento, para ver o que entendem por inovação e o que ensinam uns aos outros sobre este assunto”, disse.

O director-geral da Novas Empresas e Tecnologias (NET), líder do projecto em Portugal, disse ao JPN que “o projecto tem como missão o apoio a negócios inovadores”. Segundo José Almeida Martins, o conceito de inovação passa pela oportunidade de tornar o conhecimento “empresariável” e de lhe atribuir valor acrescentado, para além de o tornar receptivo pelo mercado.

“O que se pretende é criar sinergias no sentido de poder promover a inovação e as políticas de apoio à inovação entre regiões no sentido de dar valor acrescentado às empresas”, declarou ao JPN.

Pretende-se com isto um intercâmbio de negócios inovadores, entre as regiões, nem que somente uma dessas regiões saia beneficiada do acordo. O objectivo é possibilitar o intercâmbio entre regiões relativamente parecidas em termos industriais, para fomentar um relacionamento harmonioso, equilibrado e duradouro dentro do território europeu.

Alexandre Pinto Basto está de momento a testar o projecto-piloto da Techlink no sentido de avaliar a viabilidade desta metodologia, de modo a poder ser aproveitada por parceiros de várias regiões da Europa. “No fundo, também estou a tentar tirar algum conhecimento e partido do conhecimento daqui para depois partilhar esse conhecimento em Portugal”, disse.

Também inserido no INTERREG, encontra-se Leander N. Hein, de naturalidade alemã, que actualmente se encontra em Portugal, também para proceder a diversas tarefas de observação, análise e pesquisa das técnicas de inovação praticadas no nosso país.

André Sá
Foto: SXC