“A partir de hoje, o Porto e o norte têm o único aeroporto do país, ligado à cidade por metro. Uma ligação de carácter raro, ligação única em Portugal e rara na Europa”. Foi assim que o ministro das Obras Públicas e Transportes, Mário Lino, iniciou o seu discurso de inauguração da linha E, linha violeta, que liga o Estádio do Dragão ao Aeroporto Francisco Sá Carneiro.

Com a conclusão de mais esta linha, que custou 27,9 milhões de euros, a rede de metro do Porto ganhou mais 1 quilómetro e 600 metros, ao todo são 60 quilómetros de linha e 68 estações a ligarem seis concelhos: Porto, Gaia, Maia, Matosinhos, Vila do Conde e Póvoa de Varzim. “E num futuro próximo, também servirá o concelho de Gondomar. Pelo menos assim o espero”, disse o presidente da Câmara de Gondomar, Valentim Loureiro.

A linha E inaugura três novas estações: Aeroporto, Botica e Verdes e partilha o canal da Linha Vermelha desde a nova estação Verdes até à Senhora da Hora e termina o projecto da primeira fase de investimento e obra da Metro do Porto.

Esta nova linha tem a particularidade de garantir o “interface multimodal” a dois níveis. Da rede ferroviária ligeira, metro, para o transporte aéreo, no Aeroporto Sá Carneiro, e da linha de metro para a rede ferroviária pesada – estações da CP de Campanha, S. Bento e General Torres, acessíveis através da rede metro.

A viagem entre o Dragão e o aeroporto demora cerca de 35 minutos e fica a apenas 1,35 euros, enquanto em média de táxi o passageiro gastaria cerca de 18 euros e de autocarro (Aerobus, serviço especial dos STCP) quatro euros. A frequência de passagem é de 25 minutos e os horários de funcionamento são os mesmos das outras linhas: 6h00 à 1h30, de segunda a domingo.

A linha E encontra-se em fase experimental até dia 30 de Junho pois para já só está disponível até à estação de Campanhã. Para seguir até ao Dragão, durante este período, os passageiros podem fazer transbordo para as carruagens de metro das linhas Azul, Vermelha ou Verde.

A estação do aeroporto fica situada em frente à zona de chegadas em paralelo com duas vias rodoviárias e o acesso pedonal entre o metro e o aeroporto é feito através de um canal subterrâneo que também dá acesso aos parques de estacionamento. A estação é totalmente tapada por uma estrutura de aço revestida a vidro, uma cobertura que a nível estético se enquadra na requalificação e modernização feita, recentemente, no Aeroporto Sá Carneiro.

“Hoje deu-se um passo importante no desenvolvimento do país. A nível de infra-estruturas de acesso e de transportes, o desenvolvimento económico e turístico de Portugal deve orgulhar-se do metro do Porto”, vincou Valentim Loureiro.

Texto e foto: Paula Teixeira