Ao sétimo dia de conflito, o chefe de Estado-maior adjunto do exército israelita, Moshe Kaplinski, admite a possibilidade de uma invasão terrestre do Líbano. O chefe militar adianta que os combates vão prosseguir, mas não “durante muito tempo”.

Em declarações à Rádio Israel, Moshe Kaplinski disse que, nesta fase, não crê ser necessário enviar forças terrestres em massa para o Líbano, mas não exclui essa opção.

A ministra dos Negócios Estrangeiros israelita, Tzipi Livni, disse hoje, terça-feira, que o desarmamento do grupo xiita libanês Hezbollah e a entrega dos dois soldados israelitas raptados são duas condições chave para o cessar-fogo. Os 25 Estados-membros da União Europeia (UE) condenaram os ataques do movimento xiita libanês Hezbollah contra Israel e apelaram ao cessar-fogo.

Milhares de cidadãos obrigados a sair da região

O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, António Braga, declarou hoje que os portugueses retidos em Beirute estão bem e aguardam a viagem de amanhã do navio fretado pelas autoridades francesas.

Em declarações à Agência Lusa, António Braga confirmou que a zona do porto foi alvo de um bombardeamento das forças israelitas, o que obrigou o navio a sair por razões de segurança.

A França e a Itália já evacuaram 1.600 europeus para o Chipre e navios britânicos estão já a preparar-se para transportar milhares de ingleses. As Nações Unidas já alertaram para um desastre humanitário no Líbano, com milhares de cidadãos obrigados a abandonar as suas casas.

Hoje, a UE mostrou sinais de vir a integrar uma força da ONU no Líbano. Após um encontro com o secretário-geral da ONU, o presidente da Comissão Europeia (CE), Durão Barroso, revelou que vários Estados-membros estão prontos para enviar homens para o território libanês, no quadro de uma força de estabilização.

De acordo com a Lusa, para o secretário-geral das Nações Unidas o “conceito e a dimensão” dessa força terá de ser “consideravelmente maior” do que os 2.000 homens que a ONU tem actualmente na região. Ontem, a CE anunciou a atribuição de cinco milhões de euros de ajuda humanitária ao Líbano.

Segundo a BBC, mais de 200 libaneses morreram desde a ofensiva israelita, na quarta-feira passada, e os ataques feitos pelo Hezbollah, a partir do sul do país, fizeram 24 mortos israelitas.

Carina Branco