Até ao final de Agosto, a Portoeventos decidirá se vai apresentar uma proposta de gestão do Teatro Rivoli, na sequência do concurso aberto pela Câmara Municipal do Porto (CMP). A informação foi avançada ao JPN por um dos responsáveis da produtora portuense, Jorge Lopes.

“Estamos em fase de estudo. Recebemos o caderno explicativo da Câmara na segunda-feira [7 de Agosto] e já fizemos alguns contactos”, disse Jorge Lopes, que não quis adiantar nomes de instituições interessadas em fazer parcerias com a Portoeventos.

“O modelo que vejo viável nunca poderá ser o de uma única empresa a gerir o Rivoli”, assume o produtor. Jorge Lopes mostra-se interessado em fazer “parcerias com várias entidades”, com o objectivo de complementar a actividade central da empresa, a produção de eventos musicais. “É preciso uma equipa abrangente. Na programação tem de haver uma ligação entre o cinema, o teatro e a música”.

No caso de seguir com a proposta, a Portoeventos defende que “o Teatro Rivoli deve albergar todas as companhias que há na cidade do Porto”, seguindo uma das exigências do caderno de encargos para a gestão do teatro.

“É viável fazer 300 espectáculos anuais”

A programação está “em estudo”, mas Jorge Silva avança com algumas ideias. “O Rivoli tem de ser uma sala abrangente, com grandes produções, (que são a âncora da Portoeventos), e com uma programação cultural da cidade do Porto e de tudo o que se faz em Portugal”, comenta.

Os 300 espectáculos por ano, previstos no caderno de encargos, não assustam a empresa portuense. “É viável fazer 300 espectáculos anuais, mas é preciso definir de que tipo de espectáculos se trata. Se forem todos de grande produção, é impossível”, explica Jorge Lopes.

A data limite para a entrega de candidaturas de empresas privadas para a gestão do Rivoli é o dia 30 de Setembro. O protocolo assinado com a companhia eleita valerá por quatro anos.

Carina Branco
Foto: DR