“Forças, ainda em número limitado, começaram, hoje, a abandonar o Líbano”, afirmou um porta-voz militar israelita, citado pela Agência Lusa. Foi desta forma que Israel anunciou ter cessado as “operações ofensivas”, a partir das 6h, depois do acordo de cessar-fogo entre o Governo de Jerusalém e a guerrilha xiita do Hezbollah.

Após um mês de conflitos intensos, o cessar-fogo foi aceite pelas duas partes e surge na sequência da resolução 1701, aprovada, no sábado, pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas.

A medida implica que seja enviada, num prazo de sete a dez dias, uma força internacional tutelada pela Organização das Nações Unidas (ONU) para o sul do Líbano, para onde o governo de Beirute deverá enviar 15 mil soldados.

Israel mantém bloqueio marítimo e aéreo

Apenas uma hora depois do cessar-fogo, as auto-estradas libanesas ficaram cheias com milhares de carros, em direcção ao sul do país, onde os habitantes residiam antes do início do conflito.

No entanto, segundo fontes libanesas, a poucas horas da entrada em vigor da resolução, os ataques israelitas sucediam-se. Oficiais das forças armadas de Israel disseram já que, apesar do cessar-fogo, o exército vai manter o bloqueio aéreo e marítimo ao Líbano, até ser instaurado um mecanismo de controlo de “transferência ilegal de armas” para o Hezbollah.

Hezbollah recusa entregar armas

De acordo com a AFP, um ministro libanês, que pediu para não ser identificado, disse que a milícia xiita recusa-se a entregar as armas. O desarmamento do Hezbollah é uma das condições do acordo de cessar-fogo.