No últimos dias correram rumores de que Bin Laden morreu no Afeganistão, vítima de febre tifóide. Um jornal francês teve acesso a um relatório secreto, em que se punha a hipótese da morte.

O Governo francês e a Casa Branca não confirmam esta possibilidade, mas o canal do Dubai, Al-Arabiya, cita fontes talibãs para afirmar que Bin Laden está vivo e de boa saúde.

Confrontado com a possibilidade da morte de Bin Laden, o especialista em Relações Internacionais Milan Rados afirma que esta “não significa absolutamente nada” porque os grupos estão organizados e têm força para continuarem com os atentados.

“Bin Laden era insignificante até ao 11 de Setembro e só a partir daí é que ganhou força com a nova política externa americana”, afirma o professor da Faculdade de Letras da Universidade do Porto. É esta força que faz com a Al-Qaeda se mantenha, mesmo se o líder morrer.

O especialista estabelece um paralelo com a morte de al-Zarqawi no Iraque, que não impediu que a onda de atentados continuasse nesse país.

De acordo com Milan Rados, os Estados Unidos ganhariam uma batalha com a morte de Bin Laden, mas a violência continuará. A vitória será simbólica, mas não vai alterar o rumo da política externa americana, sublinha.

Luís Pedro Carvalho
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Foto: Miguel Lourenço Pereira/Arquivo JPN