O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior revelou hoje, quarta-feira, que nos próximos anos mais de 600 estudantes e de duas centenas de professores e investigadores vão participar no programa celebrado entre o Estado português e o Instituto de Tecnologia do Massachusets (MIT).

Na cerimónia de assinatura do protocolo “MIT-Portugal”, no Centro Cultural de Belém, com cerca de duas centenas de convidados, Mariano Gago salientou que o acordo de parceria entre o aquele instituto norte-americano e as universidades portuguesas é um factor decisivo no “processo da reforma” no ensino superior.

“Mais de 600 estudantes pró-graduados e mais de 200 professores e investigadores vão participar neste programa nos próximos anos nas várias áreas”, afirmou o ministro, após a assinatura dos protocolos com o MIT, nas áreas das engenharias e gestão, envolvendo universidades, laboratórios e empresas nacionais.

Gago lembrou ainda que o programa “é um marco para o progresso do país e marca um processo novo e um caminho” e que “vai trazer ao sistema universitário e de investigação desafios e oportunidades de grande exigência”.

Internacionalização, qualificação e excelência

José Sócrates, que também esteve presente na cerimónia, afirmou que o programa celebrado com o MIT surgiu de uma ideia política no âmbito do Plano Tecnológico e que se insere na lista de prioridades de investimentos no conhecimento.

“Este acordo representa um ponto de viragem na sociedade e nas comunidades académica e científicas do país”, declarou o primeiro-ministro.

Sócrates frisou que o acordo com o MIT “é um ponto de partida” e que nasceu “não de uma ideia vanguardista mas de um ambiente geral que atribui prioridade aos investimentos na ciência e na qualificação dos recursos humanos”.

Para o primeiro-ministro, “haverá um ‘antes’ [do acordo com o MIT] e um ‘depois’, ao nível da internacionalização das universidades portuguesas e da comunidade científica nacional”. “Este acordo marca uma ambição da universidade portuguesa trabalhar num ambiente internacional e competitivo”, sustentou.

O Presidente da República, Cavaco Silva, também elogiou o acordo. “Não posso deixar de estar satisfeito quando se trata de uma aposta na excelência. Um dos problemas que temos hoje no ensino em Portugal é a qualidade na parte universitária e ensino superior”, afirmou aos jornalistas Cavaco Silva, que hoje termina o Roteiro para Inclusão em Lisboa.

João Queiroz
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Foto: Rita Braga/Arquivo JPN