O perigo do aquecimento global é um dos principais assuntos que vão ser discutidos na 12º Conferência Internacional da ONU sobre o clima, que começou hoje em Nairobi, capital do Quénia.

A necessidade de ajudar países mais pobres a adaptarem-se às mudanças climáticas é outro dos temas fortes do encontro. Um relatório da ONU, divulgado um dia antes da cimeira, prevê que as alterações do clima provocarão impactos terríveis em algumas regiões africanas.

Também um estudo lançado, na semana passada, pelo economista Nicholas Stern alertou para o forte impacto da mudança climática em países mais pobres.

A cimeira pretende reflectir sobre a extensão do protocolo de Quioto (principal plano da ONU para combater o aquecimento global) que termina em 2012. O protocolo, que pretende restringir a emissão de gases de efeito estufa (GEE), foi assinado, em 1992, por 35 países desenvolvidos.

No entanto, os EUA e a Austrália, países com os índices de poluição mais altos do mundo, não entraram no acordo. A Organização Metereológica Mundial (OMM) informa que os níveis de emissão de GEE continuam a subir.

Segundo a OMM, as concentrações de dióxido de carbono aumentaram 0,5% em 2005 e vão continuar a aumentar a não ser que um novo protocolo, mais forte que o de Quioto, seja criado.

Mais de cinco mil pessoas devem participar no evento, que acontece, pela primeira vez, num país da África subsaariana. “As alterações climáticas ameaçam as metas de desenvolvimento para biliões de pobres no mundo”, sublinhou à Reuters o ministro do Ambiente do Quénia, Kivutha Kibwana.

A cimeira reúne 189 dos 192 Estados-membros da ONU. Decorre até 17 de Novembro.

Alice Barcellos
ljcc05011 @ icicom.up.pt
Foto: SXC