Artista é um dos mais importantes artistas das vanguardas do século XX.

Amadeo Souza-Cardoso teve um percurso artístico muito breve. Morreu jovem, aos 30 anos, mas a obra que legou torna-o um dos mais importantes artistas das vanguardas do século XX.

Nasceu em 1887, em Amarante. As primeiras experiências artisticas foram no desenho caricaturista. Aos 19 anos, mudou-se para Paris, onde teve contacto com vários movimentos: primeiro o Impressionismo, depois o Expressionismo e o Cubismo.

Durante a sua estadia em Paris, “desenvolveu laços de convívio e de amizade com muitos dos artistas que protagonizaram movimentos de ruptura que alteraram em definitivo os cânones de representação da arte ocidental”.

Foi “o único artista que conseguiu um diálogo com todos os movimentos de ruptura com a arte tradicional”, diz Helena de Freitas, comissária da exposição “Diálogo de Vanguardas”, patente na Gulbenkian.

A obra de Amadeo foi difundida um pouco por todo o mundo: França, Alemanha ou Estados Unidos da América. Para Helena de Freitas, a obra de Amadeo Souza-Cardoso “coloca-o no centro dessas vanguardas, absolutamente integrado nos eixos expositivos e de percurso de outros artistas”. Por isso, “era importante clarificar o percurso do Amadeo, todas as fases experimentais do artista e dar a conhecê-lo de uma forma sistemática” a todos os portugueses.

Almada Negreiros, poeta futurista, definiu Amadeo como “a primeira descoberta de Portugal na Europa do século XX”.

A arte, que Amadeo definiu como “um produto emotivo da natureza, a natureza fonte de vida, de sensibilidade, de cor, de profundidade e de poder emotivo”, pode ser agora ser descoberta na Gulbenkian.

Sandra Pinto
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