Uma “nova época de descoberta e exploração”. Foi nestes termos que a administradora-adjunta da NASA, Shana Dale, classificou ontem a Estratégia Global de Exploração que envolve 13 outras agências espaciais de todo o mundo e empresas privadas.

Uma pequena colónia de astronautas no pólo sul da Lua, a fixar a partir de 2020, servirá de ponto de partida e de apoio para uma exploração do sistema solar.

Uma equipa da NASA, formada em Maio deste ano, concluiu que a opção mais vantajosa seria criar uma base lunar, a funcionar a energia solar. O pólo sul é a localização mais indicada por estar mais exposto ao Sol, um factor favorável à produção de electricidade.

A agência espacial norte-americana quer aprender a usar os recursos naturais da lua para sustentar a colónia humana, preparar expedições a Marte e conduzir diversas investigações científicas. A colónia na Lua permitiria, nomeadamente, a extracção do hidrogénio e do oxigénio necessários para produzir água e combustível para os motores dos foguetões.

A NASA prevê que, depois do reconhecimento do terreno feito por robôs, a primeira missão humana na Lua comece em 2020, com equipas de quatro pessoas em solo lunar durante sete dias para preparar a operacionalidade e habitabilidade da base. De seguida, poderão começar as missões de seis meses para preparar viagens a Marte.

“Esta estratégia permitiria aos países interessados neste projecto optimizar os seus recursos técnicos e financeiros, contribuindo assim para coordenar o esforço que nos vai lançar nesta nova era de descoberta e exploração”, assinalou Shana Dale.

A Estratégia Global de Exploração é tema da segunda conferência sobre Exploração Espacial, que começou ontem e termina amanhã, em Houston, Estados Unidos.

JPN
Foto: NASA