No início das obras, em 2004, o prazo era de 30 meses para que a linha férrea de Espinho passasse a ser subterrânea. Pouco mais de um ano depois, o presidente do Conselho de Administração da REFER, José Sobral, admitia que a obra sofrera alguns atrasos. O novo prazo foi estipulado para mais dois anos e meio, isto é, em 2007.

Quando se pensava que a obra tinha, finalmente, tudo para andar, a máquina usada para escavar as valas onde irão ficar as paredes do túnel revelou-se incapaz de cortar a rocha existente no subsolo.

O facto levantou polémica: o empreiteiro da obra terá advertido a antiga administração da REFER para a necessidade de uma máquina que fosse capaz de destruir o rochoso subsolo, sendo que se tratava de um equipamento importado, aumentando os custos previstos da obra.

A resposta da REFER terá sido que haviam sido realizados todos os estudos necessários à caracterização do subsolo, e que, como tal, o empreiteiro deveria ter conhecimento pormenorizado de tudo.

Depois de alguns meses, as duas partes chegaram a acordo e com a chegada da máquina alemã, uma hidrofresa, a última data aponta para que a nova estação de Espinho esteja pronta no segundo trimestre de 2008.

Já se vêem as paredes

A máquina que perfura o subsolo já está a trabalhar no terreno, junto ao estádio do Sporting Clube de Espinho. O equipamento está a ser manejado por três operadores de nacionalidade alemã. O aparelho perfura o subsolo numa largura e profundidade que permitem que sejam feitas paredes de betão, responsáveis por suportar o túnel que, entretanto, irá ser escavado no meio.

Quando esse processo estiver concluído será altura de fazer a laje do topo, por baixo da qual passará o túnel. Isto a sul, porque a norte da estação já se faz a rampa de acesso ao túnel, que começará junto ao Rio Largo.

Outra frente já em curso é a parede nascente, isto enquanto estão já a ser construídas as paredes do futuro túnel. Entretanto, decorrem os trabalhos de reposição de infra-estruturas de serviços afectados, entre eles as redes de saneamento e de águas pluviais e a rede telefónica.

Texto e foto: Cláudia Brandão
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