O Parque Biológico é um centro permanente de educação ambiental, instalado pela Câmara Municipal de Gaia, em 1983, no vale do rio Febros. Com 35 hectares de extensão, o parque oferece um circuito, com cerca de três quilómetros de extensão, que é um autêntico roteiro de descoberta da Natureza.

“O Parque Biológico começou em 1983 com uma primeira visita de estudo. Agora tem 35 hectares, mas continua com o objectivo primordial de conservar a Natureza num espaço onde as pessoas possam passear e conhecê-la através do contacto directo com a fauna e a flora. Logo, tem por base a educação ambiental”, explica Telma Cruz, responsável pelo sector de Educação Ambiental do parque.

O trabalho de educação ambiental vai muito além da realização de visitas de estudo orientadas por técnicos especializados. Recentemente, o parque apostou na realização de diversos ateliês, que visam promover o contacto com a Natureza e atrair um público cada vez mais amplo.

O Parque Biológico tem como público-alvo original as escolas. “Embora a ponte com as escolas seja cada vez mais complicada”, a engenheira garante que o parque tudo tem feito para não se afastar do público escolar. “Temos um programa a que chamamos ‘o professor embaixador’: um professor faz a ponte entre a escola e o nosso sector de Educação Ambiental”. [Áudio]

Os novos projectos do Parque Biológico passam por uma maior rentabilização de recursos. “Agora que temos possibilidade de alojar pessoas na hospedaria, tentamos fazer programas de sexta para sábado com dormida ou percursos de fim-de-semana, dirigindo-nos para outro tipo de público”.

Para a responsável pelo sector de Educação Ambiental, apesar das dificuldades e limitações financeiras “já há muitos parques naturais e muitos espaços onde se conserva a Natureza” [Áudio]. Telma Cruz admite que a educação ambiental é “uma temática em expansão” e que o próprio Parque Biológico faz projectos semelhante a este, que tenta “semear um pouco por todo o país”.

A direcção do Parque Biológico de Gaia considera que a educação ambiental “é um processo de cativação e envolvimento do cidadão na resolução dos problemas ambientais que afligem a Humanidade”. Esse processo deve começar “pela demonstração das contradições da grande cidade e do que isso significa em termos de qualidade de vida”.

Texto e foto: Sandra Pinto
lj04061 @ icicom.up.pt