Nos próximos 10 anos poderá nascer em Lisboa a maior instituição de ensino superior portuguesa. A edição de hoje do “Diário Económico” (DE) revela que a Universidade de Lisboa (UL) e o Instituto Politécnico de Lisboa (IPL) preparam um processo de fusão, que, a concretizar-se, levará à criação de uma instituição com 33 mil alunos.

A proposta já foi aprovada no senado da UL e no no conselho geral do IPL e vai ser abordada esta sexta-feira na primeira reunião do conselho consultivo da UL, presidido pelo ex-Presidente da República Jorge Sampaio, que integra personalidades dos mundos académico e empresarial.

“Este acordo representa um esforço, único na realidade portuguesa, para fundir instituições e racionalizar a rede do ensino superior”, afirmou o reitor da UL, citado pelo DE.

António Nóvoa lembra que “nas últimas décadas assistimos a uma proliferação insensata de cursos e de instituições” e que “é preciso ter a coragem de fazer o caminho contrário”.

O pessoal docente e não-docente do IPL transitam para a UL com os “mesmos direitos e sujeitos às mesmas obrigações”, refere a proposta. É possível que cursos entendidos como redundantes venham a desaparecer. Fica ainda por saber se haverá uma harmonização dos valores das propinas, mais baixas no politécnico do que na universidade.

O protocolo prevê ainda a criação de programas de doutoramento conjuntos e de unidades de I&D conjuntas ou concertadas em áreas de interesse mútuo.

JPN
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