O Presidente da República italiano, Giorgio Napolitano, aceitou o pedido de demissão apresentado esta quarta-feira pelo primeiro-ministro Romano Prodi, eleito há nove meses.

O Presidente começa quinta-feira a dialogar com os partidos políticos. Pode dissolver o parlamento e convocar eleições antecipadas ou pedir a Prodi que forme um novo governo.

O pedido de demissão deve-se a uma divisão na coligação de centro-esquerda liderada por Prodi. Uma moção parlamentar de apoio à política externa italiana conseguiu 158 votos a favor, menos do que os 160 necessários para ser aprovada.

Os comunistas e os verdes, que integram a coligação, exigem a retirada dos soldados italianos do Afeganistão e estão contra o alargamento de uma base americana em Vicenza, no norte de Itália.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Massimo D’Alema, já tinha defendido a demissão do executivo em caso de derrota na votação.

Foi o golpe mais duro numa coligação que já tinha demonstrado ser frágil em questões internas, como as pensões de reforma e o reconhecimento de casais gay.

JPN
c/ agências
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