Mais de metade da população considera que a insegurança aumentou em 2006. 58% das pessoas sente-se mais seguro com um sistema de videovigilância.

A maioria dos portugueses acreditam que a insegurança cresceu em Portugal (58% dos inquiridos), na Europa (60%) e no Mundo (61%). No entanto, Portugal é considerado por mais de metade dos inquiridos como um local seguro para viver (55% dos entrevistados), indica o Barómetro 2006 “Segurança, Protecção de Dados e Privacidade em Portugal” apresentado esta terça-feira, em Lisboa. O estudo foi realizado pela consultora PremiValor para a ADT, fornecedora europeia de soluções de segurança electrónica e detecção de incêndio.

Existem locais onde a população se sente insegura. As entrevistas realizadas na Grande Lisboa, Grande Porto e Algarve demonstram que a via pública (73%), os transportes públicos e seus locais de acesso (71%) e os parques de estacionamento (65%) são os locais mais inseguros. Já o local de trabalho (90%), as bibliotecas (87%) e os hospitais e centros de saúde (84%) apresentam-se como os lugares a que mais confiança se atribui.

De forma a aumentar o clima de segurança, os portugueses julgam que deveria haver uma melhoria das condições socio-económicas (84%) e das condições e meios ao dispor das Forças de Segurança (15%) e, ainda, uma melhoria da qualidade de educação em estabelecimentos de ensino (15%).

Portugueses sentem-se seguros com videovigilância

Grande parte dos inquiridos (58%) sente-se mais seguro com um sistema de videovigilância. 82% da população indica que as câmaras de videovigilância evitam comportamentos ilícitos. Esse factor leva a população a aceitar a colocação de câmaras no local de trabalho em caso de elevado risco de furto (87%).

69% dos entrevistados refere que os equipamentos não são uma invasão de privacidade. Apesar de indicarem os condomínios e residências particulares, as praias e os elevadores como os locais onde se sentiriam menos à vontade sob vigilância, demonstram a necessidade de as câmaras estarem presentes em parques de estacionamento, discotecas e bares, aeroportos e centros comerciais.

Oito em cada 10 pessoas não demonstra ter receio quando estão a ser filmadas por câmaras de videovigilância.

O maior medo dos inquiridos é desconhecer o tratamento dado às imagens, visto que 56% não sabe da existência de uma organização que tutele a protecção de dados pessoais (a Comissão Nacional de Protecção de Dados). A garantia de que as imagens não são usadas para outro fim faria os portugueses sentirem-se mais confiantes relativamente às imagens captadas por videovigilância.