Luís Filipe Menezes defende um programa cultural para a Área Metropolitana do Porto (AMP). “Pelos equipamentos que dispõe, o Porto deve servir de pólo dinamizador da AMP e que “Vila Nova de Gaia devia ser apenas uma parcela de um programa cultural coerente”, justificou o presidente da Câmara de Gaia, esta quarta-feira, na apresentação da agenda cultural da cidade para este ano.

“O objectivo da Câmara de Gaia é fomentar a cultura em grande escala, mas garante que não consegue e nem quer colocar rodas na Casa da Música e nem no Rivoli, até porque estão bem situados”, disse Menezes, em tom de ironia.

Aposta no “passaporte cultural”

Já em Outubro os gaienses podem contar com o “passaporte cultural”, que abre as portas a um leque de “benefícios” e que “alarga o acesso” à cultura. “Vai proporcionar aos seus titulares, brindes e descontos nas entradas dos espectáculos”, afirmou o vereador da Cultura, Mário Dorminsky.

Na agenda cultural de Gaia, o destaque vai ainda para o festival “Jazz in Douro”, os Concertos da Páscoa, uma homenagem a Zeca Afonso e Adriano Correia de Oliveira e a continuação do “Rock às Sextas”, no Cais de Gaia.

A gestão do Atelier Soares dos Reis foi outra das novidades apresentadas pela Câmara de Gaia, que vai passar a gerir esta instituição depois de um protocolo assinado com a Universidade do Porto

Cultura nas escolas

O projecto “Museu Vai à Escola”, que tem levado as artes plásticas a mais de trinta mil alunos de diversas escolas do concelho de Gaia, deverá agora abranger outras áreas da cultura. “Pretendemos continuar a trabalhar com as escolas e muito em breve este projecto deverá incluir o cinema e o teatro”, disse Luís Filipe Menezes.

“Tencionamos negociar com o Governo no sentido das escolas terem um dia dedicado só à cultura, como já acontece noutros países da Europa há mais de 25 anos”, acrescentou.