Senado vota manutenção das tropas italianas no Afeganistão, medida que motivou a queda do governo de Prodi há um mês.

O Senado italiano reúne-se esta terça-feira para votar a proposta do primeiro-ministro, Romano Prodi, de manter as tropas italianas no Afeganistão. Há um mês, a não aprovação da proposta sobre a política externa, levou Prodi à demissão e a criar um novo governo.

Romano Prodi estará no Brasil durante a votação, naquela que vai ser a primeira viagem oficial do primeiro-ministro a um país das Américas. No entanto, espera-se que Prodi consiga o apoio do Senado.

O texto sobre o financiamento militar abrange todas as missões italianas no estrangeiro, Afeganistão, Líbano, e Bósnia. Mas o contingente militar no Afeganistão é aquele que causa mais polémica, depois do rapto de um jornalista, do condutor e do intérprete.

Os três estiveram sequestrados na zona Helmand durante quinze dias. O repórter do “La Repubblica” foi libertado graças à organização humanitária Emergency, mas em troca de cinco talibãs detidos pelas autoridades de Cabul. O condutor foi assassinado pelos raptores e não se sabe onde está o intérprete.

Giuliana Sgrena, jornalista raptada no Iraque em 2005, participa numa manifestação contra o primeiro-ministro italiano. A associação humanitária Emergency também se vai mobilizar para a libertação de um dos membros que participou na libertação do repórter. 18 mil pessoas já assinaram uma petição contra a proposta de Romano Prodi.