Milhões de crianças em todo o mundo são alvo maus tratos e abusos. Forçadas a trabalhar ou vítimas de violência sexual, são incontáveis os casos denunciados a cada estudo.

A organização humanitária “Save The Children” apela a uma consciencialização e tomada de atitude para lutar contra o tratamento abusivo de que algumas crianças padecem.

Através do documentário “As pequenas mãos da escravatura”, a instituição revela dados sobre este assunto a nível mundial.

“A escravatura infantil é uma dura realidade para milhões de crianças de países ricos e pobres”, referiu a directora executiva da “Save the Children”, Jasmine Whitebread, que considera que “os governos de todo o mundo não fazem o suficiente para responder a este problema”.

Segundo a organização, cabe aos governos agir com rapidez para eliminar a escravatura infantil pondo em prática legislação e recursos necessários. O documento da “Save The Children” denuncia que, anualmente, 1,2 milhões de crianças são vítimas de tráfico, enquanto 1,8 milhões sofrem de abusos como a prostituição, pornografia infantil ou turismo sexual.

O mesmo documento faz menção às condições terríveis em que milhões de meninos e meninas têm de trabalhar. Estima ainda que um milhão corre risco de vida em mais de 50 países em África, Ásia e América Latina. Cerca de 132 milhões de trabalhadores agrícolas têm menos de 15 anos. Nas funções que desempenham, são obrigadas a manusear pesticidas, maquinaria pesada e ferramentas perigosas.

A “Save the Children” divulgou também que o número de crianças (menores de 15 anos) vítimas de exploração como soldados ronda os 300 mil. A República Democrática do Congo é um caso paradigmático, já que se confirmam estarem detidas 11 mil crianças por grupos de combatentes.

Outra das formas de exploração infantil é o casamento forçado, quando são combinados casamentos para meninas de apenas quatro anos. A “Save the Children” denuncia ainda que, em todo o mundo, milhões de crianças trabalham quase 15 horas por dia em serviço doméstico.