Cerca de 20 alunos da Universidade Independente (UnI) estavam, ao início da noite desta quarta-feira, barricados na reitoria do estabelecimento. Os estudantes tomaram de assalto a reitoria no final da tarde, prometendo não sair até que o ministro do Ensino Superior, Mariano Gago, se pronuncie sobre a crise vivida no estabelecimento.

O acto classificado como “desesperado e extremado” pelo presidente da Associação de Estudantes, Hermínio Brioso, em declarações dadas à TVI, veio no seguimento da demissão do Conselho Reitoral da UnI também nesta quarta-feira. A PSP chegou ao local por volta das 21h.

O Conselho Reitoral demitiu-se, exigindo também uma intervenção urgente do Ministério da Tecnologia, Ciência e Ensino Superior, para resolver a situação de crise vivida no estabelecimento.

Antes de apresentar a demissão, um dos membros do Conselho Reitoral, Pamplona Côrte-Real, já havia anunciado o cancelamento do acordo estabelecido na terça-feira pelas duas partes envolvidas na crise da UnI.

O acordo, que prometia o retorno à normalidade e a formação de um novo corpo docente, não foi para frente devido a uma mudança de decisão da SIDES, empresa proprietária da UnI. Com o fim do acordo, o Conselho Reitoral teve uma reunião que resultou na sua demissão.

“O estado de calamidade por que passa esta universidade implica um inegável estado de necessidade que reclama uma intervenção urgente”, refere o Conselho Reitoral demissionário em comunicado, citado pela Lusa.

O Conselho Reitoral reclamou também uma nova intervenção do MTCES como sendo uma solução acertada para a resolução do problema, que não será resolvido no plano académico. O MTCES já avisou a UnI que a permanência da crise pode conduzir ao encerramento do estabelecimento de ensino superior privado.

A situação da UnI agravou-se numa altura em que muitos alunos já estão a pensar em pedir transferência para outros estabelecimentos de ensino superior.