A placa indica “Rua dos Clérigos”. Subimos a rua passo a passo e é perto da Torre dos Clérigos que encontramos Sofia Silva. Aos 82 anos é uma das habitantes da zona histórica do Porto há cerca de 44 anos. A viver sozinha num apartamento, sorri ao falar sobre a vista que tem sobre o rio Douro.

O prédio onde vive foi remodelado, mas o interior acabou esquecido. Sofia Silva revela que a sua casa não tem uma casa de banho. Proibida de fazer obras, a moradora gostariade ver o problema resolvido.

A degradação dos edifícios é alvo de atenção dos cidadãos. Seria fundamental, de acordo com a opiniãodos portuenses ouvidos pelo JPN, reabilitar uma zona que está “decaída” e com poucas pessoas durante a noite.

Desde os Clérigos, passando pela Sé e pela Ribeira, a importânciados espaços não é esquecida pelos cidadãos, que consideram a zona “muito emblemática”.

Percorrer o centro histórico do Porto é visitar edifícios marcados pela arquitectura de um tempo, histórias que preenchem os espaços. A autarquia portuense não assinalou o Dia Nacional dos Centros Históricos.

Zona histórica é a principal atracção dos turistas

Mesmo debaixo de chuva, turistas passeiam pelas ruas do Porto. Vindos da Espanha, com a máquina fotográfica na mão, olham a Torre dos Clérigos.

para eles o centro histórico é o verdadeiro Porto: um encontro entre o cinzento das ruas estreitas e o surgir da luz em espaços amplos.