As duas partes envolvidas no conflito na Universidade Independente (UnI) chegaram esta terça-feira a um acordo para afastar o actual reitor, Luiz Arouca, do cargo e formar um novo corpo docente.
“A Universidade Independente informa que as actividades académicas retomam a normalidade hoje ainda, após ambas as partes terem chegado a um consenso quando ao corpo docente em funcionamento”, informa um comunicado da UnI.
A situação parece caminhar para uma resolução numa altura em que alguns alunos já tinham tentado a transferência para outros estabelecimentos de ensino e que o Ministério da Tecnologia, Ciência e Ensino Superior (MTCES) já havia ameaçado encerrar a universidade, caso os problemas nos órgãos administrativos e académicos continuassem.
O novo corpo docente da Uni deve integrar elementos da facção favorável de Luiz Arouca, que depôs esta terça-feira na Polícia Judiciária, e da facção apoiante do antigo vice-reitor, Rui Verde, que se encontra em prisão preventiva.
Crise com vários episódios
A crise na UnI começou em Fevereiro, quando o vice-reitor Rui Verde foi demitido e mais 20 pessoas, entre docentes e membros administrativos, foram afastadas por alegado desvio de verbas da universidade.
A 20 de Março a antiga direcção voltou a ocupar o cargo e, em consequência, o reitor Luiz Arouca foi suspenso.
No entanto, poucos dias depois Rui Verde seria detido pela Polícia Judiciária no âmbito das investigações a alegadas irregularidades na gestão da UnI, tendo ficado em prisão preventiva após sido presente a tribunal.
