O presidente da Associação Académica da Universidade Independente (AAUnI), Hermínio Brioso, nega as suspeitas levantadas pela direcção da SIDES de gestão danosa da associação e acusa a empresa de querer denegrir a sua imagem e “desviar as atenções dos verdadeiros problemas”.

A instituição dirigida por Lúcio Pimentel exigiu ontem, terça-feira, que Hermínio Brioso esclareça o destino das verbas relativas à exploração do bar da UnI e dos subsídios governamentais para alunos. A SIDES adiantou ainda que os valores que “reverteram indevidamente e abusivamente” a favor de Hermínio Brioso atingem cerca de 70 mil euros.

“Eles próprios apresentaram os recebidos que provam que a associação tem tudo regularizado”, defende Brioso, que explica que, ao longo de oito anos, a verba foi gasta no apoio às tunas, publicação de livros, organização de festas e viagens e no própio funcionamento da Associação Académica.

Ao JPN, o dirigente da AAUnI alegou ter apresentado anualmente relatórios de contas à Secretaria de Estado da Juventude e dos Desportos, aquela que é a entidade que tem “poderes para pedir esclarecimentos sobre subsídios governamentais atribuídos às associações de estudantes”.

“Sou o alvo a abater”, afirma Brioso, acrescentando que a SIDES “quer desviar atenções dos verdadeirtos problemas e denegrir o presidente da Associação Académica”.

Apresentada queixa-crime contra assessora da SIDES

Em resposta, o presidente da associação apresentou uma queixa-crime contra a assessora da SIDES, Maria João Barreto, e adianta que está a analisar se as declarações do director daquela instituição são passíveis de serem objecto de acção judicial.

Hermínio Brioso lamenta ainda que durante a reunião de ontem na UnI “se tenha tentado fazer passar uma moção de censura ilegal”, não aprovada, para retirar poderes à associação.

Como a polémica em torno da UnI parece não ter fim à vista, Hermínio Brioso está cada vez mais pessimista no que toca à sobrevivência da instituição. “A cada dia que passa e com este tipo de atitudes cada vez acredito menos”, refere. “E quando está tudo de olhos postos em nós, marca-se uma reunião para o horário de aulas”, continua.

O responsável discorda ainda da posição da UnI que responsabilizou o ministério pela instabilidade criada na universidade. “Anteontem era o ministro, ontem fui eu, amanhã vamos ver quem é, porque eles nunca são culpados”, rematou.