Nascido em Lisboa há 53 anos, José Ribeiro e Castro, casado e pai de quatro filhos, é licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Foi jurista e jurisconsulto e entrou em 1974 no CDS (então designado Partido do Centro Democrático Social), logo a seguir à fundação do partido.

Amigo pessoal de Diogo Freitas do Amaral, um dos fundadores do partido democrata-cristão, Castro torna-se num dos fundadores na Juventude Popular, da qual foi dirigente, dando início a um percurso no partido onde ocupou vários cargos.

Com apenas 22 anos, foi eleito deputado à Assembleia da República em 1976, onde se manteve até 1980 quando integrou os governo de Sá Carneiro e, posteriormente, de Pinto Balsemão. Entre 1987 e 1991, foi assessor e adjunto do ministro da Educação Roberto Carneiro.

No início dos anos 90, Ribeiro e Castro dedicou-se a outras áreas. Na comunicação social, passou pela administração do jornal “O Primeiro de Janeiro”, foi membro do Conselho Editorial da revista “Sábado” e, mais tarde, presidente da Comissão de Fiscalização da RTP. Em 1991, abraçou o projecto da TVI, então um projecto de “televisão de inspiração cristã”, onde desempenhou várias funções.

O regresso ao partido

No futebol, em 1997, foi vice-presidente da direcção do Benfica, liderada por Vale e Azevedo. Um ano depois, regressou à política, no Congresso do CDS em Braga, passando a integrar a Comissão Política, a Comissão Directiva e a Comissão Executiva do partido, sob a liderança de Paulo Portas, em cuja equipa se manteve até à retirada deste após a derrota sofrida nas eleições legislativas de Fevereiro de 2005.

Em 1999, passaria a exercer as funções de deputado ao Parlamento Europeu, cargo para o qual foi novamente eleito nas eleições europeias de Junho de 2004. Um estatuto que mantém ainda hoje, apesar de ter sido eleito presidente do CDS-PP, no Congresso do Pombal realizado em Abril de 2005, no qual derrotou o deputado Telmo Correia.

Os dois anos que leva à frente do partido democrata-cristão não lhe têm corrido particularmente bem. Criticado por fazer oposição a partir do Parlamento Europeu, Ribeiro e Castro nunca conseguiu estabilizar o partido, sobretudo a bancada parlamentar composta por “portistas” indefectíveis.