Equipa de Anfield Road afasta Chelsea de José Mourinho no desempate das grandes penalidades e garante sétima presença na final da Liga dos Campeões.

À terceira não foi de vez. José Mourinho vai voltar a assistir à final da Liga dos Campeões pela televisão pelo terceiro ano consecutivo. O Liverpool venceu, esta terça-feira, o Chelsea nas grandes penalidades e voltou a afastar os “blues” do sonho de conquistar o troféu, tal como na época 2004/2005.

No tempo regulamentar, Daniel Agger anulou o golo de Joe Cole no jogo da primeira-mão, em Stamford Brigde. Como o marcador se manteve inalterado até aos 120 minutos, a eliminatória teve que ser decidida na lotaria dos penáltis.

E aí, à imagem do que aconteceu durante quase todo o jogo, a equipa de Anfield foi mais forte que os londrinos. Reina brilhou ao defender dois penáltis e garantiu o primeiro bilhete para grande final de Atenas.

O Liverpool esteve sempre no comando das operações, à excepção do último quarto-de-hora da primeira parte, altura em que o Chelsea foi mais incisivo na procura do golo do empate. Até aí, os londrinos revelaram grandes dificuldades a sair para o ataque perante a pressão sempre muito alta dos “reds” que não deixava o adversário respirar.

E tal como o seu treinador previra, foi um detalhe que esteve na origem do golo do Liverpool. Aos 23 minutos, num lance claramente estudado, um livre de Gerrard na esquerda colocou a bola à entrada da área onde apareceu o Agger para igualar a eliminatória.

Com Paulo Ferreira a titular, mas sem o lesionado Ricardo Carvalho, o Chelsea reagiu bem e esteve muito perto do empate num remate de Drogba bem parado pelo guardião Reina. Aquela que foi a melhor oportunidade dos “blues” foi o mote para um período que pertenceu por inteiro aos londrinos.

Na segunda parte, fruto de um maior calculismo das duas equipas, o jogo caiu em qualidade. Ainda assim, foi o Liverpool que voltou a ser mais perigoso, desperdiçando algumas oportunidades que poderiam ter sentenciado a eliminatória. Isto porque o Chelsea raramente conseguia impor o seu jogo: Lampard esteve longe de ser preponderante, Joe Cole escondia-se e faltava quem organizasse o jogo do Chelsea.

Atacar mesmo no fim

Com o prolongamento à vista, as duas equipas passaram a jogar com cada vez mais cautelas e só nos últimos cinco minutos é que o perigo rondou as duas balizas. Primeiro Drogba, que por pouco não conseguia dar o melhor seguimento a um excelente passe de Obi Mikel, e depois Zenden obrigou Cech a uma defesa difícil, a dois tempos.

No prolongamento, o Liverpool continuou a mandar no jogo e Anfield Road chegou a gritar golo em duas ocasiões, mas que foram anuladas pelo espanhol Mejuto González por pretenso fora-de-jogo.

Os últimos instantes do tempo extra voltaram a ser emocionantes e, mais uma vez, com uma oportunidade para cada lado. Do lado do Chelsea, Drogba por pouco não emendeva um cruzamento perfeito de Shaun Wright-Phillips e mesmo no último minuto, o guardião Cech negou o segundo golo ao holandês Dirk Kuyt e lançou o jogo para os penáltis.