Três golos sem resposta colocaram os italianos na final de Atenas, onde vão defrontar os ingleses Liverpool. Kaká voltou a levar a melhor sobre Cristiano Ronaldo.

O AC Milan venceu, esta quarta-feira, o Manchester United por 3-0 e assegurou o último bilhete para o Estádio Olímpico de Atenas, onde vai reencontrar o Liverpool, reeditando-se, assim, a final da Liga dos Campeões de 2005. Na altura, os ingleses venceram os italianos nas grandes penalidades, depois de se ter registado um empate a três, naquele que foi uma das finais mais bem disputadas da prova.

Desta vez, no Giuseppe Meazza, houve AC Milan a mais e Manchester a menos. Os “rossoneri” foram superiores aos “red devils” a toda a linha e o resultado espelha bem aquilo que se passou durante a partida.

Mesmo com uma magra vantagem (3-2) trazida do jogo de Inglaterra, o treinador do Manchester, Alex Ferguson, optou por colocar apenas um avançado em campo, Wayne Ronney, que foi sempre presa fácil para a defensiva italiana. Mas os problemas dos ingleses sobravam ainda para o meio-campo, onde não havia ninguém para fazer as transições ofensivas, e para a defesa, desfalcada do seu patrão, Rio Ferdinand, e do seu capitão Gary Neville.

Inevitavelmente, Kaká

Com uma entrada a todo o gás, o Milan depressa começou a criar perigo junto da baliza de Van der Sar. Não foi, portanto, de estranhar que o inevitável Kaká colocasse os milaneses em vantagem: Seedorf desmarca de cabeça o brasileiro que remata de pé esquerdo para o fundo da baliza.

Esperava-se uma reacção dos ingleses, mas o que se viu de melhor, durante toda a priemeira parte, foi apenas um remate de Giggs que Dida defendeu com dificuldade. Nem Cristiano Ronaldo, que mais uma vez voltou a perder para Kaká, conseguiu brilhar, já que foi sempre bem marcado pela defesa forte do Milan.

O domínio absoluto dos italianos voltou a produzir efeitos ao fim da primeira meia-hora. Um cruzamento de Pirlo é mal aliviado pelos defesas ingleses e Seedorf remata à segunda, sem hipóteses para o guardião dos “devils”.

Até ao intervalo, há ainda a registar mais uma oportunidade dos italianos que, por pouco, não chegaram ao 3-0, quando Inzaghi rematou a escassos centímetros do poste de Van der Sar.

Manchester ataca, Milan festeja

Na etapa complementar, mesmo em desvantagem na eliminatória, Ferguson não fez qualquer substituição, modificando apenas as peças, ao colocar Ronaldo ao lado de Rooney. Os efeitos das alterações tácticas só surtiram efeito a partir dos 65 minutos, altura em que o avançado internacional inglês esteve, por duas ocasiões, perto de festejar o golo.

Motivados com os lances de perigo, o Manchester partiu para cima dos italianos, nunca porém, com a objectividade e a frieza necessárias. O Milan passou a apostar no contra-ataque e foi assim que conseguiu chegar ao terceiro por intermédio de Gillardino, que senteciou a partida e colocou os “rossoneri” na final da “Champions” pela 11.ª vez na sua história.