Desenvolver projectos ligados à industria aeroespacial e ao universo da engenharia é o propósito da High Performance Structures, Gestão e Engenharia, Lda. Trata-se de uma empresa criada através do esforço conjunto do Instituto de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial (INEGI) e da High Performance Space Structures System, uma empresa alemã.

A nova empresa surge do interesse alemão em explorar as oportunidades que Portugal oferece ao nível de engenharia de qualidade. Ao JPN, o investigador do INEGI Pedro Portela ressaltou a vasta experiência da empresa na gestão de projectos com a Agência Espacial Europeia (AEE). “Tem uma rede de contactos muito relevante e tem uma série de conhecimentos técnicos e engenheiros a trabalhar nesses projectos”, sublinhou.

Para o INEGI, a criação da empresa representa uma oportunidade para aumentar a participação portuguesa em projectos da AEE e de Investigação e Desenvolvimento (I&D). Uma participação que Pedro Portela considera insuficiente pela existência de “algum défice de maturidade na capacidade de industrialização de alguns desses projectos”.

Segundo o investigador, ter a HPS alemã a operar em Portugal com o instituto de investigação que tem todos os meios humanos e técnicos para dar resposta a esses desafios é uma mais-valia.

Actualmente, a empresa tem em marcha projectos relacionados com estruturas em materiais compósitos para a indústria aeroespacial e aeronáutica. Além destes, a HP Portugal apresentou candidaturas a projectos do programa científico da AEE. Entre eles, encontra-se a projecção e construção de estruturas para serem integradas em satélites e sondas espaciais que vão ao planeta Mercúrio fazer um atlas da galáxia.

Criada em finais de Março, e com projectos já em carteira, a HPS Portugal pretende ter, no próximo ano, seis a sete investigadores a trabalhar a tempo inteiro. “Depende muito do número de projectos que forem aprovados e do volume de trabalho”, refere Pedro Portela.

Para se afirmar no mercado, a nova empresa quer oferecer vantagens competitivas ao nível da qualidade e do custo dos produtos. Até 2009, é desejado que o volume de negócios se situe entre os 400 mil e os dois milhões de euros.