O Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) informou, esta quarta-feita, que a votação da segunda volta das presidenciais timorenses se desenrolou de forma tranquila em todo o território.

Ainda segundo o STAE, os cerca de 524 mil eleitores formaram ordeiramente filas junto aos locais de voto, mesmo antes do início do acto eleitoral.

Em 13 mesas de voto, elementos de alguns partidos tentaram entrar nos locais com credenciais válidas apenas para a primeira volta. No entanto, foram retirados dos locais.

Duas horas após o encerramento da votação, a opinião de alguns observadores internacionais era de que a participação terá sido mais baixa do que na primeira volta.

As dificuldades de deslocação dos eleitores ou o desconhecimento da necessidade de uma nova votação estão entre as razões avançadas para a menor mobilização dos timorenses.

Dos candidatos, Ramos-Horta exerceu o seu direito de voto rodeado de apertadas medidas de segurança. Oito guarda-costas, quatro polícias de intervanção, dois blindados e 13 agentes da GNR foram mobilizados na sequência de ameaças feitas ao candidato independente e consideradas credíveis pelas Nações Unidas.

À TSF, Horta mostrou-se, contudo, “surpreendido” e “incomodado” com o aparato, que considerou ser um “exagero por parte das Nações Unidas”.

Em relação às eleições, o Prémio Nobel da Paz disse estar mais preocupado com a vitória do que com a derrota, que classificou de “alívio pessoal”. Ramos Horta confirmou ter votado em si próprio.

O candidato apoiado pela Fretilin, Francisco “Lu Olo” Guterres, afirmou estar confiante na vitória e enfatizou a importância da eleição para o futuro de Timor.