O cartaz propunha The Gift, primeiro e, em seguida, Rui Veloso, nomes que já estiveram em edições anteriores da Queima das Fitas do Porto. Os estudantes, esses, compareceram em peso e encheram por completo o espaço do palco do Queimódromo.

A banda de Alcobaça revisitou mais de uma década de existência. A actuação dos Gift contou com músicas recentes como é o caso de “645”, do novo álbum “Fácil de Entender”. A performance cheia de energia obteve boa recepção por parte da assistência.

Para o grupo, o facto de basearem o repertório na língua inglesa, deve-se o facto de tudo ter começado assim. “Desde 94 que cantamos em inglês e depois decidimos manter esse rumo estético”, referiu a vocalista Sónia Tavares, em conferência de imprensa. Mas “às vezes a inspiração bate à porta em português”, sublinhou.

O momento alto da noite estava reservado para o concerto de Rui Veloso. Os estudantes, devidamente “aquecidos” pelos Gift fizerem questão de demonstrar o porquê do “pai do rock português” ser uma figura cimeira da música nacional.

Rui Veloso levou o público numa viagem no tempo, desde temas como “Chico Fininho” ou “Lado lunar”, passando por músicas mais recentes como “Todo o tempo do mundo” ou “Nunca me esqueci de ti”. Houve tempo ainda para ouvir outros “clássicos” da música portuguesa como “Porto Sentido”, “Não há estrelas no céu” ou “Paixão”, devidamente entoados pela assistência, rendida à performance do cantor portuense.

Cantor dos sons e do ambiente do Porto, Rui Veloso revelou que vai buscar a inspiração aos pais e avós e à zona de Ribeira, um “sítio que nunca é igual e é sempre espectacular”. Não deixou de referir o comportamento do público que classificou de “fantástico”. “Não se pode ter melhor que isto”, acrescentou.

Número de casos foi menor

Os excessos que tradicionalmente marcam a Queima das Fitas estão bem patentes quando se entra na tenda de apoio médico. Apesar do balanço estar dentro do previsto para ocasiões do género, nesta quarta-feira surgiram situações menos complicadas.

Segundo um responsável do apoio clínico, houve uma diminuição dos casos de ingestão etílica, o sintoma mais recorrente. Pequenos cortes e incisões são outras das situações clínicas que foram registadas.