Começa esta quarta-feira a XIII edição do Festival Ibérico de Cinema em Badajoz, que se estende até 20 de Maio. Entre a selecção de curtas-metragens a passar no certame estão as portuguesas “Rapace”, de João Nicolau, e “Ao Fundo do Túnel”, de João Pupo. Durante cinco dias, cerca de 200 filmes nacionais e internacionais vão ser projectados.

“Pensamos que só existem dois tipos de filmes: os bons e os maus”, refere o director do Festival, Alejandro Pachón Ramirez. “Temos curtas-metragens de todos os tipos. Dedicados ao humor, às minorias, aos valores de educação, às mulheres, aos homens, ao terror e à especulação estética”.

“Rapace” estreou na 38.ª Quinzena dos Realizadores no festival de Cannes e foi galardoado, em 2006, com o Grande Prémio do 14º Curtas de Vila do Conde. Foi também considerada a melhor curta-metragem nos festivais de Milão e Belfort, tendo conquistado o Prémio do Público.

Este filme, que marcou a estreia de João Nicolau como realizador, arrecadou em Março o Grande Prémio da IV edição do Festival Europeu de Curtas-metragens de Réus, em Espanha.

“Ao fundo do túnel”, que tem como realizador e argumentista João Pupo, esteve presente na 3.ª edição do Festival “Indie Lisboa” em 2006. O filme narra a história de António, um homem a quem é feita uma cirurgia aos olhos, na tentativa de rever as fotografias de Ana, a esposa, já falecida.

Também no âmbito deste festival, o maestro português António Victorino D’ Almeida vai ser homenageado. O festival anual vai projectar, a 20 de Maio, dia do encerramento do evento, “A Culpa”, realizado em 1980 pelo maestro, seguindo-se uma cerimónia em honra de Victorino D’ Almeida.

Esta edição do Festival Ibérico de Cinema de Badajoz conta com uma forte presença portuguesa, ao receber vários cineastas nacionais de curta-metragens. Contabilizaram-se 180 inscrições de autores. Os filmes serão exibidos no Teatro Lopes de Ayala e no auditório da Câmara Municipal de Badajoz.