Este ano, a 1 de Junho, haverá menos 15 praias a içar a Bandeira Azul, uma redução que contraria a tendência de aumentos dos últimos cinco anos. A diminuição para 189 do número de zonas balneares com o galardão que certifica a qualidade da água e outros indicadores “não é preocupante”.

“Portugal continua a ser um dos países da Europa do sul com mais bandeiras” e “a maioria das bandeiras que se perdem este ano” deve-se à “falta de candidaturas das autarquias e não à falta da qualidade de água, por exemplo”, explicou o presidente da associação Bandeira Azul, José Archer, citado pela Lusa.

Com 38 bandeiras, a região de Lisboa e Vale do Tejo é a que regista uma maior descida no número de praias com Bandeira Azul – menos 10 que o ano passado.

Mesmo assim, nesta zona, há quatro novas entradas, das quais três são fluviais. O aumento do número de zonas balneares junto aos rios é, aliás, uma característica comum a todo o território, o que “demonstra a especial atenção que têm merecido a gestão e o aproveitamento das zonas balneares das águas interiores”, afirma a associação em comunicado.

Norte com menos uma distinção

Três praias do Norte perderam a Bandeira Azul (Areinho, em Arouca, Cabo do Mundo, em Matosinhos, e Vila Praia de Âncora, em Caminha). Cepães (Esposende) e Moledo (Caminho) entraram para a lista. O Norte tem agora 34 praias certificadas, menos uma do que em 2006.

O Centro tem mais três praias galardoadas, ficando com um total de 20. Dos quatro novos galardões, três são de praias fluviais. O Alentejo mantém 12 Bandeiras Azuis e o Algarve continua a ser a região com mais galardões (46 praias, menos nove que em 2006).

As regiões autónomas também viram o número de bandeiras cair (41 para 39).