“Ter toda a informação possível entre a hora do café e o trabalho” é o que o novo jornal gratuito “Meia Hora” pretende concretizar a partir de 6 de Junho, dia do lançamento do título.

A Cofina, detentora do também gratuito “Destak”, e a Metro News identificaram uma “oportunidade de negócio na área dos ‘media'”, declara Sérgio Coimbra, que vai liderar editorialmente o projecto, e investiram dois milhões de euros no novo jornal. O prazo de retorno do investimento é de três anos, tempo suficiente, de acordo com o editor.

Um complemento dos jornais de referência

O jornal gratuito espanhol “ADN” serviu de modelo ao gratuito que apresenta como objectivo concorrer com os jornais de referência “Público” e “Diário de Notícias”. No entanto, Sérgio Coimbra lembra que não querem ser uma substituição, mas sim “complementar” os dois jornais.

“Queremos atingir a classe A e B”, refere o editor, com “um jornal com poucas páginas (24 a 32 páginas) e notícias pequenas”. Sérgio Coimbra reconhece que o público-alvo é difícil, por ser um grupo restrito, mas lembra que “tem um grande poder de compra” e não esconde que esta é, também, uma estratégia para captar investimento publicitário.

Num meio onde já existem cinco jornais gratuitos, o “Meia Hora” pretende preencher uma lacuna na imprensa diária: incluir um jornal gratuito no segmento diário de referência. O editor lembra que a área do desporto já tem um e os tablóides também. São “públicos totalmente diferentes”, facto que não implica que haja concorrência entre os gratuitos.

Gratuito distribuído apenas em Lisboa

Na cidade de Lisboa vão ser distribuídos diariamente 100 mil exemplares para 300 mil pessoas. As áreas de distribuição são escolhidas em função dos locais que a classe A e B frequenta habitualmente. “Se tudo correr bem”, indica Sérgio Coimbra, a distribuição do jornal pode estender-se a todo o país.

O gratuito vai cobrir todas as áreas, mas as notícias vão ser sobretudo das áreas da política, economia e internacional realizadas por uma “redacção pequena” (15 jornalistas) com idades a rondar os 30 anos. “É preciso gente com genica que trabalhe bem e depressa”, “ligada à internet, onde a informação é rápida e concisa”, refere.