A preocupação com as alterações climáticas vai nortear as várias acções de sensibilização a decorrer esta época balnear nas 17 praias de Gaia, que, pelo segundo ano consecutivo, fez o “pleno” em número de bandeiras azuis e é o concelho com mais galardões.

É um “verdadeiro desígnio político”, afirmou o presidente do Conselho de Administração da Águas de Gaia, José Maciel, esta quarta-feira, no hasteamento da Bandeira Azul da zona balnear de Lavadores. A criação de parques e zonas de recreio e lazer são fundamentais para ter um “melhor espaço público” num concelho que “quer ser um exemplo de comunidade sustentável”, acrescentou.

Pelo segundo ano seguido, as 17 praias de Gaia, que ocupam 15 quilómetros de zona costeira, podem hastear a bandeira azul, que certifica a qualidade das zonas balneares, resultado de um trabalho de oito anos e um investimento de 140 milhões de euros. Ter sempre entre 15 e 17 galardões é o objectivo do presidente da câmara, Luís Filipe Menezes.

Consolidar a liderança

O trabalho agora é de “consolidação”, afirmou Menezes, ciente que esta é uma tarefa difícil pelo facto de Gaia ser uma “zona urbana” e pertencer a uma “área metropolitana densamente povoada”.

O autarca apelou aos presidentes de junta e responsáveis das várias entidades locais para intervirem junto das muitas ribeiras que desaguam no mar e que, na eventualidade de fortes chuvas, podem transportar poluição e perder uma ou outra Bandeira Azul.

Em cerca de seis anos, Menezes quer ver todas as ribeiras de Gaia preparadas para enfrentar eventualidades deste tipo.

O “pleno” gaiense é um “facto inédito” em Portugal, destacou a subdirectora da Associação Bandeira Azul. Destacou ainda as três praias do concelho “amigas” das pessoas deficientes (Carnide Norte, Aguda e Miramar) e prometeu o apoio da associação no futuro porto de recreio da Afurada, cuja construção deve arrancar no segundo semestre deste ano.