“Foi a maior feira dos últimos três anos em número de visitantes e em número de vendas”. É o balanço traçado pelo vice-presidente da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) e coordenador da Feira do Livro do Porto, Francisco Madruga. O certame terminou ontem, domingo, à meia-noite.
O volume de vendas registou um crescimento médio superior a 20%. Cerca de 300 mil pessoas visitaram o certame. “Os expositores estavam muito satisfeitos com o resultado da feira este ano”, afirma Francisco Madruga.
O coordenador da feira aponta a programação cultural, a adaptação do regulamento à lei do preço fixo, que permitiu aos editores venderem livros com mais de 18 meses a qualquer preço, e a venda, pela primeira vez, de livros estrangeiros como justificações para o sucesso desta edição da Feira do Livro.
“As livrarias já não têm todos os livros que são editados. Fruto da pressão das novidades, as livrarias colocam [à venda] menos livros”, o que, na opinião de Francisco Madruga, valoriza a Feira do Livro.
As exposições permanentes, organizadas pelo Museu Nacional de Imprensa, foram “um grande sucesso” e os novos espaços culturais revelaram-se uma mais-valia. Foram mais de 250 os autores que passaram pela feira para lançamentos e sessões de autógrafos.
Próxima edição vai ser “um desafio”
Satisfeito com o balanço final da 77.ª edição da Feira, Francisco Madruga admite que a próxima Feira do Livro do Porto vai ser “a mais difícil de organizar”. “Será um desafio”, aponta.
Ao fim de 13 anos a decorrer no Pavilhão Rosa Mota, a Feira do Livro deve mudar-se para a Baixa do Porto, o que vai implicar “uma boa programação logística, criar pavilhões novos e espaços de lazer”.