A Associação Comercial do Porto (ACP) deve anunciar na próxima semana o nome do coordenador do estudo que pretende realizar para analisar a opção “Portela 1”, avança a Rádio Renascença (RR).

Ao JPN, o presidente da ACP, defensor da manutenção do aeroporto da Portela apoiada pela construção de uma estrutura complementar, disse que já fez o convite ao coordenador, a quem caberá definir a equipa.

Rui Moreira revelou ainda que será feita uma comparação custo-benefícios entre a “Portela 1” e as outras opções e não um estudo de engenharia de raíz, que levaria muito tempo. “Já existe um estudo de engenharia e um de impacte ambiental, feito pela Quercus”, afirmou.

A análise deverá, por isso, estar pronto ainda antes do estudo comparativo Ota-Alcochete, encomendado pelo Governo ao Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC).

Universidade do Porto ainda não foi contactada mas está disponível

Rui Moreira quer envolver a Universidade do Porto (UP), entre outros meios científicos da região. Mas, ao JPN, o reitor e os directores das faculdades de Engenharia e Economia da universidade afirmaram não ter sido ainda contactados pela associação, mostrando, no entanto, disponibilidade para participar no estudo.

Rui Moreira garantiu ao JPN que já foram feitos contactos mas não quis revelar detalhes. Lembrou ainda que caberá ao coordenador da análise nomear a equipa que a vai realizar.

“Temos que analisar e ver”, diz o reitor. Marques dos Santos sublinha, porém, que habitualmente este tipo de análises são feitas “a nível individual”, pelos docentes, “não pelas instituições”.

A participação da UP dependerá de saber “como é que o estudo é pago” e será feita sempre “numa posição técnica e científica”, como “um contributo claro e rigoroso para a discussão”. “Não devemos tomar posição”, remata.

O director da Faculdade de Engenharia, Carlos Costa, também não foi contactado, mas diz que a instituição “está disponível” dentro das suas competências, em particular as questões ambiental, dos transportes, ordenamento do território e infra-estruturas.

As questões macroeconómicas e a operação técnica do aeroporto teriam que ser analisadas por outra entidade, ressalva o director.