Ser líder mundial em novas terapias regenerativas para osso, cartilagem e pele em 2014. É a meta da Stemmatters, uma empresa nascida no seio do Grupo de Investigação 3B’s – Biomateriais, Biodegradáveis e Biomiméticos, da Universidade do Minho, e que venceu o Prémio Nacional de Empreendedorismo START.

A empresa está agora a procurar investidores e a preparar o modelo de comercialização, com o objectivo de iniciar actividade em Fevereiro de 2008, quando estiver concluído o edifício do Instituto Europeu de Excelência Regenerativa de Tecidos, no Avepark, nas Taipas, em Guimarães.

A Stemmatters procura atrair investimentos de 2,8 milhões de euros, revela ao JPN Rui Reis, presidente do conselho de administração da empresa e coordenador do Grupo 3B’s.

O grupo da Universidade do Minho faz investigação há cerca de 10 anos nesta área. “Somos líderes na Europa”, diz Rui Reis. “Chegámos à conclusão que este know-how só podia ser comercializado se nós próprios avançássemos para uma empresa”. O mercado global ligado à medicina regenerativa (terapias celulares, engenharia de tecidos e regeneração de órgãos) está avaliado em 106 mil milhões de euros.

Ideia com potencial

O prémio START, no valor de 40 mil euros e atribuído pelo BPI, pela Microsoft e pela Universidade Nova de Lisboa, foi entregue no passado dia 5. A quantia será aplicada no capital social da empresa, mas o “mais importante” foi ter provado que a ideia de negócio tem potencial, considera Rui Reis, que é também presidente da Sociedade Portuguesa de Células Estaminais e Terapia Celular.

A Stemmatters espera facturar, em 2014, 11 milhões de euros, atingindo resultados positivos já em 2010. A empresa acredita que vai atingir estes valores mesmo investindo ao mesmo tempo cerca de 13 milhões nos próximos sete anos em I&D (investigação e desenvolvimento).