Morreu Luciano Pavarotti, um dos mais celebrados tenores de sempre. O cantor italiano morreu hoje, quinta-feira, na cidade de Modena, no norte de Itália, aos 71 anos, de cancro no pâncreas.

A comunicação social italiana noticiava ontem o agravamento do estado de saúde de Pavarotti. Uma televisão italiana, citada pela Reuters, avançava que o cantor lírico estava inconsciente e sofria de insuficiência renal. Acabaria por falecer durante a madrugada, segundo disse à AP o seu manager.

Operado em Julho de 2006 a um tumor no pâncreas, não era visto em público há vários meses, mas chegou a dizer que queria voltar aos palcos para um última digressão, no início deste ano, que não chegou a fazer. Estava hospitalizado desde o início de Agosto.

Morreu “rodeado de todos os seus familiares, que o acompanharam com muita atenção até ao fim”, disse o médico Antonio Frassoldati, que o assistiu nos últimos dias na sua residência em Modena, ao canal de televisão Sky TG24.

”Super-estrela”

No início do Verão, a mulher de Pavarotti, Nocoletta Mantovani, anunciava que o tenor estava bem de saúde e que preparava um novo disco, da série “Pavarotti & Friends”.

“Pavarotti é a maior super-estrela de todos [os tenores]”, escreveu o crítico de música do “New York Times” Harold Schonberg. E se Plácido Domingo era muitas vezes preferido pelos críticos, só Pavarotti conjugava tão bem talento com um apelo irresistível que comunicava com as massas – as suas performances com Bono, dos U2, ou Bryan Adams demonstram-no bem.