Oito das 14 universidades e cinco dos 15 politécnicos não vão receber verbas do Orçamento de Estado (OE) para 2008 que cheguem para pagar os salários do pessoal, noticia o “Jornal de Negócios” (JdN) desta terça-feira.

Citando documentos do Ministério do Ensino Superior, o jornal compara as dotações previstas para as instituições de ensino (977,1 milhões de euros no total, um aumento residual de 0,68% face a 2007).

No caso das universidades, Açores, Algarve, Madeira, Trás-os-Montes, Évora, Beira Interior e e ISCTE são as que apresentam maiores diferenças entre o valor gasto em salários em 2006 e as dotações previstas para 2008. Na Universidade dos Açores, por exemplo, a diferença entre as remunerações e a dotação da tutela é de 7,9%.

Já nos politécnicos, são os de Tomar, Bragança, Portalegre, Guarda e Viana do Castelo que terão que encontrar alternativas ao financiamento público, que não chega para garantir as remunerações certas e permanentes.

Os aumentos salariais e dos descontos para a Caixa Geral de Aposentações (segundo o JdN, o valor mais discutido é 11%) podem agravar a situação financeira das instituições.

O OE 2008 dedica 9,8 milhões de euros para contratos de saneamento financeiro de alguns estabelecimentos em dificuldades financeiras. As universidades do Algarve, Évora, Trás-os-Montes, Açores e Madeira e os politécnicos de Bragança, Portalegre e Viana do Castelo são os visados.