A insatisfação dos utentes com a “desorganização e a insensibilidade” do Conselho de Admnistração da Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP) motivou mais uma manifestação, ontem, segunda-feira. O protesto teve como pano de fundo a Praça da Batalha.

A manifestação, que juntou só algumas dezenas de manifestantes, teve menos participantes que acções de luta anteriores. Uma fraca adesão explicada por André Dias, coordenador do MUT-AMP (Movimento dos Utentes da Área Metropolitana do Porto), pelo conformismo que se instalou em muitos utilizadores. A Nova Rede entrou em funcionamento em Janeiro.

O MUT-AMP vai enviar uma carta ao Conselho de Admnistração da STCP com o balanço da situação e uma vigília, com data ainda por definir.

“Viagens mais demoradas, mais transbordos, piores acessos, aumento de preços, insegurança, desconforto e restrição do direito à mobilidade” são as principais queixas apresentadas pelos responsáveis da MUT-AMP (Movimento dos Utentes da Área Metropolitana do Porto). André Dias, do MUT-AMP, critica, particularmente, a falta de coordenação na rede de autocarros.

Carlos Pinto, do movimento, acusa as entidades competentes (Conselho de Admnistração da STCP e autarquias) de tomarem medidas economicistas com base em intereses políticos. Estabelece como um dos objectivos deste protesto a pressão sobre estas entidades e sobre o próprio ministro dos transportes, Mário Lino.

Mantêm-se as críticas

Em declarações ao JPN, Fernando Lopes Busto acusa o Conselho de Admnistração de desinteresse. O utilizador da STCP critica o tempo (ano e meio) que a empresa demorou a responder às queixas que fez sobre o corte de várias linhas, o “exagero” de transbordos e a falta de abrigo em algumas paragens.

Os manifestantes mostraram também descontentamento em relação ao preço e à falta de compatibilidade entre os vários tipos de transportes públicos, a frequência dos autocarros e a inexistência de transportes ao fim-de-semana para determinados locais.