A Universidade de Aveiro (UA) e a Associação Portuguesa de Planeadores do Território (APPLA) lançam o desafio aos os alunos do 12º ano: reflictam sobre o futuro das cidades portuguesas.

O objectivo é que os jovens “percebam e ganhem consciência como é que é projectado o futuro das suas cidades para além da dimensão física e material”, afirma ao JPN José Carlos Mota, docente da UA e membro da organização.

Até à data, estão inscritas cerca de 250 equipas de 95 municípios de todo o país. O prazo de candidaturas foi alargado até 16 de Novembro. O concurso abrange mil escolas e cerca de 80 mil alunos de todo o país e conta com apoio de várias instituições, incluindo o Ministério da Educação.

O concurso surge na sequência da comemoração dos 25 anos da Escola de Ordenamento do Território da UA. A iniciativa de carácter nacional, dirige-se a todos os alunos do 12º ano, no âmbito da disciplina de Área de Projecto.

Cidadania criativa

Organizados em equipas, os alunos vão produzir um estudo da cidade onde moram ou estudam. Na reflexão, devem identificar o seu potencial cultural, tecnológico, económico e urbano. Os jovens deverão também apontar os pontos fracos das cidades e apresentar propostas inovadoras de qualificação e valorização dos espaços urbanos.

Segundo José Carlos Mota, esta “abordagem às cidades tem uma componente de cidadania muito forte” e “pretende estimular não só os alunos mas também os municípios à criatividade”.

Por uma “Serpa criativa”

Cada equipa vai manter um blogue com o desenvolvimento do trabalho ao longo do ano lectivo. Até ao final de Maio de 2008, o trabalho deverá ser entregue num poster juntamente com um relatório escrito para a apreciação de um júri que vai premiar as melhores ideias.

A equipa Serpa Criativa é uma das participantes no concurso. Os cinco alunos do 12º A da Escola Secundária de Serpa pretendem “fazer um roteiro turístico, com um percurso alusivo ao interesse dos turistas, com destaque para o património, cultura, gastronomia, desporto e ciência”.

“A pouca oferta relativamente ao comércio local, a má sinalização, a pouca diversão, não só nocturna mas também diurna” e as “condições pouco favoráveis ao ensino” da Escola Secundária de Serpa são alguns dos reparos à autarquia feitos pelos estudantes.