Apesar de muito sofrimento, Bilro deu a Portugal o passaporte para os quartos-de-final do Mundial de Futebol de Praia. A selecção venceu, esta terça-feira, os Estados Unidos da América (EUA) por 5-6 e tem agora a árdua tarefa de vencer o campeão mundial, o Brasil, quinta-feira.

A dois minutos de jogo, Madjer deu a vantagem a Portugal, na cobrança de uma falta (0-1). Com o Bruno a titular na baliza, a selecção mostrava-se diferente dos últimos jogos e até mesmo a pontaria parecia mais afinada. Aos sete minutos, Bilro rematou de longe para aumentar a vantagem portuguesa para dois golos. No primeiro tempo, a equipa portuguesa esteve em clara vantagem, mantendo os Estados Unidos recuados.

No segundo tempo Alan entrou inspirado: no primeiro minuto fez o 0-3 para Portugal e ao minuto 17, logo após os EUA terem feito o 1-3 por Astorga, fez um “balão” por cima do guarda-redes norte-americano, marcando o 1-4. A selecção podia ficar um pouco mais tranquila com esta vantagem. No entanto, Barraca, que jogava pela primeira vez no campeonato, cometeu duas faltas, uma das quais resultou no segundo golo dos EUA, e acabou por ser expulso.

Luta até ao fim

O terceiro tempo começava com a desvantagem numérica portuguesa, por dois minutos. Os norte-americanos não deixaram por menos e mostraram que ainda tinham hipóteses de mudar o resultado. Em menos de nove minutos, Nolz, Chimienti e Albuquerque deram a vantagem do jogo para os EUA (5-4). Foi graças a Madjer que Portugal manteve a esperança no apuramento, ao conseguir igualar (5-5) a um minuto e meio do tempo regulamentar.

Os três minutos de prolongamento foram renhidos. Ambas as equipas precisavam de ganhar para se apurarem. Apesar das várias oportunidades norte-americanas, foi Portugal quem chegou à vantagem. No último segundo, literalmente, Bilro marcou o 5-6 e garantiu os quartos de final à equipa portuguesa.

Portugal “demasiado infantil”

No fim do jogo, Bilro admitiu aos jornalistas que a equipa portuguesa tem cometido erros. “Estivemos irreconhecíveis nestes jogos. Esta não é a imagem da equipa portuguesa, nem mesmo a qualidade. Portugal foi demasiado infantil frente aos EUA. Felizmente ganhámos com determinação e vontade. Agora é necessário máxima concentração, rigor e disciplina táctica para podermos enfrentar o Brasil.”

A selecção portuguesa, que conseguiu esta terça-feira o apuramento no segundo lugar do Grupo B, enfrenta o Brasil, campeão mundial em 2006, pelas 11h00 (13h00 portuguesas) na quinta-feira. Este é já um jogo habitual nas semi-finais – em 2005, Portugal ganhou por penaltis (7-8) e perdeu em 2006 (7-4).