Registou-se esta quarta-feira, no Chile, às 15h43 (hora portuguesa), um sismo de 7,7 na escala de Richter. O epicentro registou-se a 60 metros de profundidade, em Quillahua, a 106 quilómetros da cidade de Calama. Trata-se de uma zona rica em minas de cobre e pouco habitada. O abalo, que durou cerca de 40 segundos, fez-se sentir por todo o norte, até à capital, Santiago – 1245 quilómetros a sul do epicentro.

Nas cidades do norte de Calama e Arica houve um corte de energia e muitos chilenos saíram à rua em estado de pânico. Um aeroporto na região mais afectada, Antofagasta, teve de ser evacuado, segundo informações da Radio Cooperativa de Santiago.

Algumas pessoas ficaram feridas na cidade costeira de Tocopilla, embora, segundo as autoridades, não haja casos graves. Não há, por enquanto, registo de mortes, segundo o gabinete nacional de situações de emergência chileno.

Alerta de tsunami

O Centro de Alerta para Tsunami do Pacífico chegou a emitir um alerta de tsunami, pouco depois de se dar o sismo, mas as consequências não devem passar de correntes fortes e de uma ondulação mais acentuada do que é habitual na região.

No entanto, segundo o centro, “o perigo para os barcos e as estruturas costeiras pode-se prolongar por várias horas devido às fortes correntes”.

Réplicas

Uma forte réplica de magnitude 5,7 na escala de Richter fez-se sentir pouco mais de duas horas depois do primeiro abalo.

Deu-se ainda outro sismo, de 4,5, na cidade de San Juan, na Argentina, que faz fronteira com o Chile.

Trata-se de uma zona de choque de placas tectónicas – Nazca e Sul-americana. Em Agosto, houve um sismo de 8,0 em Lima, no Perú, em que morreram 540 pessoas e 200 mil ficaram desalojadas.